O que é?
O AgroBioTech é um estudo sobre a aplicação e a utilização da biotecnologia na agricultura que pretende desenvolver uma estratégia comum para fomentar a inovação biotecnológica no sector agrícola e agroalimentar mapeando as iniciativas, produtos e modelos de negócio.
Atuação
São estas as potenciais áreas de aplicação da biotecnologia no sector agroflorestal:
- Melhoramento genético vegetal / animal;
- Otimização da propagação de plantas;
- Produção de biofertilizantes / biocidas/biofármacos;
- Valorização de subprodutos e resíduos agroflorestais;
- Novas culturas / variedades / produtos inovadores;
- Promoção da sustentabilidade agroambiental (biodiversidade, sequestro de carbono, necessidades hídricas, adaptação / mitigação das alterações climáticas, etc.).
Objetivos
A biotecnologia poderá ser utilizada:
- Na melhoria da produtividade e sustentabilidade agroflorestal;
- Na satisfação das novas prioridades dos consumidores alimentação saudável e sustentabilidade como);
- Na criação de novas cadeias de valor agroflorestais e de novos produtos diferenciados para alimentação/nutrição (fontes alternativas de proteínas plant based + fermentação), cosmética, saúde, biomateriais...;
- Na promoção da economia circular (valorização de subprodutos e resíduos agroflorestais, produção de bioenergia).
alto minho
entre-douro e minho
trás-os-montes
centro
ribatejo
alentejo
Grupos Focais
Ficaram definidos 6 grupos focais:
- Regionais:
- Constituídos pelos principais stakeholders da região entre agricultores, empresas, autoridades locais, associações / organizações de produtores e instituições académicas.
- Objetivo: apresentação, discussão e validação das conclusões
Dentro destes grupos, foram analisadas 22 empresas (microempresas e PME’s).
Clique em cada um dos grupos para conhecer a respectiva anºalise SWOT regional.
Alentejo
Análise SWOT Regional
Forças
- Território com capacidade para produção
- Existência de um centro dedicado à biotecnologia agrícola e agroalimentar
Fraquezas
- Falta de conhecimento das soluções disponíveis
- Microempresas do interior com pouco conhecimento das tecnologias disponíveis para resolução dos problemas de produção
- Fraca sinergia entre a produção e a investigação
- Pulverização e falta de organização nas empresas agrícolas
- Falta de mão-de-obra
- Dificuldade na gestão de tempo do agricultor para permitir a testagem e validação da tecnologia desenvolvida
Oportunidades
- Novas variedades em culturas permanentes resistentes às alterações climáticas
- Possibilidade de experimentação e de testagem nas culturas permanentes mais rápida
- Diversificação das culturas alimentares
- Resolução da doença da gafa que ataca principalmente a azeitona Galega (ex: biofungicida)
- Manutenção do património genético da variedade galega (aumento da produtividade na fase da colheita)
- Promoção do trabalho colaborativo
- Valorização dos subprodutos do olival e amendoal (ex: biorrefinarias regionais)
Ameaças
- A outra face da moeda das novas tecnologias
- Gestão desadequada das tecnologias face às necessidades nos produtores
- Tecnologia inacessível às empresas (micro e macro) do território do interior
- Soluções desenvolvidas na academia sem tempo para atingirem a maturidade para serem utilizadas
- Política agrícola sem orientação para a inovação e tecnologia
- Pouco tempo disponível para pesquisa de novas soluções
- Políticas desadequadas às necessidades das empresas
- Legislação inadequada, pouco ágil
- Preservação da variedade (azeitona galega) em risco
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Mitigação da falta de recursos qualificados para assegurar a transferência de conhecimento e para garantir a execução de operações agrícolas (colheita)
- Capacitação do setor produtivo pela comunidade científica
- Organização da cadeia por forma a aumentar o rendimento do produtor
- Aumento do tempo dos ciclos de financiamento para promover a transferência de conhecimento
- Pôr a biotecnologia ao serviço da promoção da oliveira galega (melhoramento genético, aumento de produtividade, eliminação de pragas e doenças)
Entidades associadas
Empresa focada no desenvolvimento de biofertilizantes e soluções de biocontrolo com base no uso de microrganismos e de novas moléculas orgânicas originárias de fontes naturais, como parte das nossas soluções inovadoras e efetivas para a nutrição e proteção das plantas
- Productos e serviços:
- Região:
- Alentejo
- Ano da criação da empresa:
- 2012
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa que recorre à utilização de insetos como ferramentas para contribuir para a eficiência no modo como os recursos naturais são aplicados nos sistemas agroalimentares, desenvolvendo novas fontes nutricionais para animais e plantas, diminuindo a necessidade de importação de ingredientes proteicos e fertilizantes orgânicos.
- Productos e serviços:
- Região:
- Alentejo
- Ano da criação da empresa:
- 2014
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa dedicada à valorização das florestas de carvalhos através do desenvolvimento de compostos bioativos da bolota para aplicação em indústria biotecnológica, cosmética e agro-alimentar
- Productos e serviços:
- Região:
- Alentejo
- Ano da criação da empresa:
- 2020
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Alto Minho
Análise SWOT Regional
Forças
- Valorização de castas vitivinícolas minoritárias
- Valorização de raças bovinas autóctones (ex: minhota) como produto de nicho
- Investigação que visa a utilização de fagos para combate de doenças
- Combate biológico já efetuado na fileira do mirtilo
- Agricultores recetivos às soluções biotecnológicas
- Associações e cooperativas agrícolas proporcionam aos agricultores aconselhamento agrícola e extensão rural
Fraquezas
- Falta de conhecimento dos pequenos produtores sobre a burocracia envolvida no modo de produção biológico/produção integrada
- Falta de financiamento à prevenção de incêndios rurais
- Falta de remuneração dos serviços ecossistémicos que revertam a favor da comunidade local
- Faltam centros de recolha/centrais para valorização de biomassa
- Insuficiente colaboração entre produtores (mirtilo)
- Falta de escala dos produtores que leva a problemas maiores (abandono rural, etc)
- Comunicação entre as partes (falta de meios eficazes)
- Falta de procura em determinados cursos superiores e CTeSP em áreas como Engenharia do Ambiente, Biotecnológica, Bioinformática…
Oportunidades
- Desenvolvimento das soluções biotecnológicas enquadradas na estratégia para a bioeconomia
- Condições para instalação de biorrefinaria do Alto Minho direcionada para a fileira vitivinícola
- Grande potencial de valorização de subprodutos (milho; vitivinícola; produção animal, etc.)
- Maior interação entre destilarias e quem poderá valorizar o subproduto (bagaço da vitivinicultura)
- Recuperação do CO2 proveniente da fermentação para incorporação no processo produtivo
- Valorização de leveduras autóctones
- Mais projetos em co-promoção
- Aposta em substratos (sobretudo derivados de subprodutos)
- Aproveitamento de águas residuais tratadas em produção (por exemplo na produção de milho)
Ameaças
- Insuficiente valorização/consciencialização do custo da incorporação de soluções biotecnológicas por parte do consumidor final
- Questões de escala/preço dos produtos desenvolvidos através de soluções Biotecnológicas
- Agricultura celular (produção em escala e a baixo preço)
- Eficácia mais baixa dos tratamentos fitossanitários disponíveis
- Falta de aposta em soluções para a flavescência dourada (doença que afeta principalmente a videira)
- Invasoras como vespa asiática na apicultura, lenhosas na produção florestal
- Alterações climáticas, questões energéticas, falta de nutrientes
- Insuficiente apoio por parte das políticas públicas
- Burocracia/desajustamento no acesso ao financiamento
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Desenvolvimento de uma estratégia abrangente, setorial e territorial integrada, com coordenação entre autoridades locais, regionais e centrais, e principais stakeholders
- Fortalecimento da capacidade de comunicação e disseminação
- Promoção de parcerias colaborativas entre produtores, académicos, técnicos e OPs para aumentar o poder dos produtores na formação de preços e combater a falta de escala (questões como o chorume e o metano)
- Investimento em I&D que atenda às necessidades específicas do setor
- Desenvolvimento de práticas agrícolas mais resistentes às alterações climáticas e a promoção de estratégias de gestão de riscos
Centro
Análise SWOT Regional
Forças
- Cluster agroindustrial da zona Centro (congrega empresas, associações/cooperativas, instituições de ensino superior, centros de investigação e entidades públicas)
- Subproduto de origem animal, a lã (grosseira) disponível
- Especificidade e qualidade dos produtos regionais (carne, queijo, lã)
Fraquezas
- Dificuldade na adesão a novas tecnologias
- Custo do acesso a tecnologia (investimento elevado)
- Dificuldade no acesso à informação tecnológica e à investigação aplicada
- Dimensão reduzida das explorações
- Empobrecimento do solo que compromete a nutrição animal
- Localização no interior
- Falta de organização
Oportunidades
- Retomar os dias abertos para demonstração in loco da tecnologia
- Exploração da lã para diferentes aplicações (ex: biomateriais, biofertilizantes, etc.)
- Desenvolvimento de soluções para a preservação dos solos
- Utilização de alternativas à dieta convencional dos animais
- Desenvolvimento de soluções para a problemática da vespa asiática e da varroa (ácaro ectoparasita)
Ameaças
- Políticas desajustadas para os pequenos agricultores, com grande expressão na região, e mais direcionadas para a agricultura “industrial”
- Falta de visão e estratégia local e nacional
- Abandono da produção de produtos regionais, nomeadamente o queijo, como resultado da insustentabilidade económica provocada pelo custo de produção da matéria-prima – leite
- Oferta limitada de lavadoura da lã
- Excesso de burocracia
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Adoção de mecanismos para o escoamento da lã (isolamento industrial, dos terrenos agrícolas, biofertilizantes)
- Criação de cadeias de valor mais curtas, preferencialmente locais
- Recuperação e promoção dos campos de experimentação agrícolas
- Desenvolvimento ou adoção de soluções para aumento da matéria orgânica dos solos
Entidades associadas
Empresa especialista no design, construção, operação e transferência de unidades industriais de produção de micro e macroalgas, usando diferentes tecnologias
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2008
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa focada no cultivo controlado e sustentável de macroalgas marinhas, num sistema em terra tão inovador quanto natural e com certificação biológica. Pioneira na Europa na integração de uma aquacultura de peixe com certificação biológica em todo o processo.
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2011
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa que encontra soluções para a gestão de tratamento de águas residuais por meio de modelação de processos, através da ferramenta digital criada pelos próprios
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2020
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa focada na problemática da poluição da água em toda a sua extensão. Recorre à biotecnologia ambiental para fornecer soluções de biorremediação avançada para ajudar a resolver os passivos ambientais de uma forma ecológica e económica.
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2009
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa especializada no desenvolvimento, otimização e scale-up de bioprocessos. Empresa com experiência na manipulação de microrganismos naturais e geneticamente modificados. Serve desde pequenas start-ups a empresas globais na área da biotecnologia.
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2000
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa dedicada ao desenvolvimento de biofungicidas de base natural de última geração, utilizando um composto não-tóxico (polipéptido proveniente do tremoço)
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2006
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa de dedicada à investigação e desenvolvimento de tecnologias para a saúde humana baseadas em vesículas extracelulares e exossomas, utilizando resíduos de diferentes fontes, nomeadamente da indústria de microalgas
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2015
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa dedicada à micropropagação/propagação de plantas autóctones e de qualidade superior in vitro e serviços florestais (silvicultura)
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2014
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa que desenvolve tecnologias que, por um lado, permitem a obtenção de açúcares a partir de biomassa residual (árvores, palha, bagaço) ou resíduos urbanos, para posterior produção de bioetanol, prebióticos, proteínas, plástico biodegradável. Por outro lado, também tem trabalho em tecnologias para obtenção de produtos de valor acrescentado como químicos, óleos essenciais, especialidades, etc.
- Productos e serviços:
- Região:
- Centro
- Ano da criação da empresa:
- 2019
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Entre-Douro e Minho
Análise SWOT Regional
Forças
- Já são desenvolvidas atividades de I&D em co-promoção
- Academia interessada em desenvolver benefícios para a Sociedade
- Evolução na consciencialização dos agricultores sobre a importância da sustentabilidade na prática agrícola
Fraquezas
- Falta de continuidade dos projetos de I&D e inovação, muitas vezes motivada por falta de financiamento
- Falta de tempo, disponibilidade e capacidade financeira dos agricultores para contribuir em investigação de interesse
- Falta de escala necessária para questões como o chorume e o metano
- Poucas OPs/pouca autonomia sobre o negócio
- Falta de acesso a análises rápidas de solo
- Falta de mão de obra
- Variabilidade regional das pragas e doenças da vinha dificulta a procura de soluções
Oportunidades
- Potencial de valorização de resíduos e sub-produtos da pecuária:
- Fita gotejadora
- Efluente pecuário – armazenamento e valorização do ponto de vista agrícola
- Reaproveitamento das águas residuais de ETARs para integração no ciclo produtivo (ex: fertirrega)
- Valorização do metano em fonte de rendimento e energia para os agricultores
- Desenvolvimento de fitofármacos mais baratos e sustentáveis
- Foco na investigação aplicada que beneficie diretamente a produção
- Transformação de carbono orgânico proveniente das explorações pecuárias em inorgânico em biodigestores
Ameaças
- Falta de estratégia nas atividades de comunicação das unidades de investigação para os produtores
- Dissociação entre a linguagem dos produtores e dos investigadores
- Abandono, por parte das estruturas governamentais, das atividades de extensão rural e apoio técnico aos produtores (o que existe é feito pelas empresas que vendem fatores de produção)
- Alterações climáticas e tudo o que acarretam (pragas, doenças, etc.)
- Falta de regulamentação adequada para a integração da produção
- Desalinhamento nas políticas/ausência de “visão/foco”
- Falta de poder dos produtores na formação do preço (esmagamento das margens)
- Falta de estratégia setorial/territorial por parte do poder central e articulada com o poder regional/local
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Questão económica na logística necessária para o fornecimento das centrais de biomassa
- Simplificação dos mecanismos de acesso ao financiamento
- Estruturação das linhas de financiamento adequadas à realidade
- Transferência de tecnologia (meios mais eficazes de ganhar escala; juntar investigação, empresas, produtores)
- Promoção de uma maior articulação entre os ministérios com influência nesta iniciativa (agricultura, ambiente, finanças e ciência e tecnologia)
- Estimulação da relação entre a organização da produção e o poder local
Entidades associadas
Empresa dedicada à transformação de resíduos industriais de frutas em novos ingredientes alimentares funcionais, de alto valor e valorizando todas as frações de resíduo.
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2019
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa especializada em micropropagação de plantas, fungos produtores de cogumelos, fungos micorrízicos e rizobactérias. Gestão de solos através da aplicação de microrganismos na agrícultura e floresta (regeneração de solos)
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2010
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa de I&D dedicada à bio-produção de couro exótico
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2020
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa que aplica técnicas modernas de propagação de plantas in vitro para as espécies fruteiras e ornamentais
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2010
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa que recorre à biotecnologia para encontrar soluções inovadoras para o setor vitivinícola, nomeadamente através da manipulação de microrganismos, para otimização do seu desempenho
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 1985
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa que combina a inteligência artificial e o conhecimento biológico para manipulação de microrganismos, otimizando-os e criando novas vias para aplicação em bioindústria. Tem como alvos compostos químicos, ingredientes alimentares e biopolímeros.
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2010
- Classificação da empresa:
- PME
O foco principal é desenvolver e criar formulações bioativas, inteligentes e nanotecnológicos para aplicação industrial em têxtil, cosmética e higiene. Recorre à reciclagem e à biorrefinaria de biomassa para obter biomateriais e bioativos a partir de resíduos industriais, florestais e do mar.
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2019
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa dedicada à produção e transformação de insetos utilizados como ingredientes para indústria alimentar e agricultura, com impacto ambiental, económico e social positivos.
- Productos e serviços:
- Região:
- Entre Douro e Minho
- Ano da criação da empresa:
- 2020
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Ribatejo
Análise SWOT Regional
Forças
- Existência de estruturas que participam em projetos com vista à transferência de tecnologia (Ex: COTHN, FNOP)
- Iniciativas para formação de mão-de-obra qualificada (integração de estudantes em empresas)
Fraquezas
- Ecossistema empresarial de pequena dimensão
- Falta de ensaios de campo para análise de eficácia dos produtos fitofarmacêuticos
- Falta de uma ponte eficiente entre academia e produção agrícola
Oportunidades
- Promover a interação entre a academia e o setor primário (reuniões de sensibilização, partilha de experiência para desenvolver tecnologia adequada ao contexto e necessidades do “campo”)
- Apoios para estudos de eficácia dos produtos fitossanitários
- Substituição de fitofármacos de síntese por biofitofármacos, mais eficazes e seguros para o mercado (distribuição, consumidores, etc.)
- Dimensionar o mercado às necessidades da região
Ameaças
- Estratégia governativa prejudicial para o meio empresarial
- Legislação e regulamentação desatualizadas na definição de eficácia de produtos ou tecnologias inovadoras
- Elevado tempo e custo de entrada no mercado de produtos inovadores
- Falta de clareza na definição de produtos inovadores
- Dificuldade no acesso a financiamento para o desenvolvimento da investigação
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Discussão com decisores políticos mecanismos para redução dos problemas e processos burocráticos
- Mapeamento de competências tecnológicas na Academia (I&D), nas Associações/Organizações de Produtores e nos Produtores (análise e gestão de competências)
- Desenho e implementação de iniciativas que promovam uma maior interação entre a academia e os técnicos das organizações de produtores
Entidades associadas
Empresa especialista no design, construção, operação e transferência de unidades industriais de produção de micro e macroalgas, usando diferentes tecnologias
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2008
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa focada no desenvolvimento de biofertilizantes e soluções de biocontrolo com base no uso de microrganismos e de novas moléculas orgânicas originárias de fontes naturais, como parte das nossas soluções inovadoras e efetivas para a nutrição e proteção das plantas
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2012
- Classificação da empresa:
- PME
Empresa com serviço de análise do perfil de produtos naturais através de extratos de plantas, algas, fungos e bactérias. Esta análise permite prever a presença de compostos naturais de elevado valor acrescentado, que poderão ser integrados na indústria cosmética, farmacêutica, agroquímica ou terapêutica
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2018
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa que recorre à utilização de insetos como ferramentas para contribuir para a eficiência no modo como os recursos naturais são aplicados nos sistemas agroalimentares, desenvolvendo novas fontes nutricionais para animais e plantas, diminuindo a necessidade de importação de ingredientes proteicos e fertilizantes orgânicos.
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2014
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa dedicada à valorização das florestas de carvalhos através do desenvolvimento de compostos bioativos da bolota para aplicação em indústria biotecnológica, cosmética e agro-alimentar
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2020
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa que desenvolve bioprodutos para agricultura com base em tecnologias inovadoras graças à interação que ocorre entre a planta e o microbioma da mesma
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2014
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Empresa que desenvolve tecnologias que, por um lado, permitem a obtenção de açúcares a partir de biomassa residual (árvores, palha, bagaço) ou resíduos urbanos, para posterior produção de bioetanol, prebióticos, proteínas, plástico biodegradável. Por outro lado, também tem trabalho em tecnologias para obtenção de produtos de valor acrescentado como químicos, óleos essenciais, especialidades, etc.
- Productos e serviços:
- Região:
- Ribatejo e Oeste
- Ano da criação da empresa:
- 2019
- Classificação da empresa:
- Microempresa
Trás-os-Montes
Análise SWOT Regional
Forças
- Existência de organizações (centros de competência, OPs, etc.) que fazem ligação entre investigação e o terreno
- Investigação de excelência
- Agricultores recetivos ao processo de inovação
- Crescente aposta na disseminação dos resultados dos projetos de investigação e inovação
- Crescente aproximação entre investigação e empresas
- Recetividade dos agricultores para validação de campo
Fraquezas
- Tecido empresarial pouco robusto
- Dificuldades de acesso à biotecnologia, exceto agricultura biológica (por falta de alternativas)
- Dificuldade de acesso aos resultados de I&D e inovação por parte dos agricultores
- Falta de adesão dos agricultores a sessões de informação
- Capacitação dos técnicos de aconselhamento abaixo das necessidades
- Debilidade no controlo fitossanitário
- Falta de entidades que possam dar “mentoria” nos processos de regulamentação de produtos biotecnológicos
Oportunidades
- Continuar a promover atividades de transferência de tecnologia e extensão rural
- Necessidade de desenvolvimento de soluções para o controlo de pragas e doenças
- Boas variedades que podem ser melhoradas
- Necessidade de preservar e melhorar o património genético de culturas e o habitat natural da pecuária
- Promover as culturas tradicionais e pecuária de montanha como sequestradoras de carbono
- Promover inovação de processos produtivos
- Lobby para criar mecanismos e políticas macrorregionais diferenciadas (ex. sul da Europa)
Ameaças
- Prioridades desalinhadas a nível económico, político e académico
- Mecanismos de financiamento e duração dos projetos demasiado curtos e não adequados aos ciclos das culturas
- Fraco alinhamento entre prioridades de investigação e necessidades dos agricultores
- Falta de estudos que comprovem eficácia de certas soluções, como bioestimulantes, biocidas, etc.
- Dissonância entre a realidade da produção com as alterações climáticas e a investigação que é realizada
- Políticas públicas desajustadas
- Legislação restritiva, principalmente no melhoramento genético
- Lentidão nos processos de regulamentação e certificação
- Escassez de água
- Falta de validação económica das soluções para valorização de resíduos e sub-produtos (ex. bagaços)
- Dificuldades no retorno financeiro dos agricultores por eventual perda de rendimento nos ensaios de campo
Prioridades e Plano de Ação Regional
- Formação contínua para técnicos
- Ações de divulgação mais eficazes
- Mecanismos de convergência de sistemas de qualidade prioritárias e excecionais
- Foco em culturas prioritárias (ex: castanha, vinha, amêndoa e olival)
- Valorização das raças autóctones
- Valorização do modo de produção biológico
- Resolução do problema da disponibilidade de água
- Promoção e valorização dos ecossistemas regionais enquanto sequestradores de carbono
- Desmistificação do problema ambiental da agropecuária
