A ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, já admitiu que “nem tudo tem sido perfeito” e que pondera “um adiantamento, tanto quanto possível,” das candidaturas às ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) que terminam em 31 de maio.

Neste sentido, é com expectativa que se aguardam os resultados da reunião que anunciou para quinta-feira “com as confederações, para tomarmos as medidas, nomeadamente adiando tanto quanto possível o prazo para a submissão das candidaturas”, disse a governante de passagem pelo Fundão.

Na mesma ocasião a ministra confirmou que “não estão em causa os pagamentos de outubro”, independentemente do adiamento do prazo. “Mesmo com o alargamento do período de candidaturas, nós não vamos condicionar este prazo, porque sabemos bem que é essencial para que os agricultores possam fazer face aos compromissos que têm assumidos”, realçou Maria do Céu Antunes.

Como a CAP concluiu na passada semana, tendo por base dados divulgados pelo IFAP, as candidaturas já realizadas apenas cobrem 6% da área quando falta menos de um mês para o fim do prazo (estabelecido para 31 de maio) havendo ainda milhares por submeter.

A CAP já denunciou a falha “em toda a linha do sistema das candidaturas ao Pedido Único de Ajudas” e apelou a uma solução urgente e expedita. Também a CONFAGRI e a CNA têm denunciado as dificuldades e a necessidade do alargamento do prazo previsto para o dia 31, sob pena de se correr o risco de deixar agricultores de fora.