Na primeira sessão plenária da nova legislatura após as eleições legislativas de 18 de maio que deram a vitória à AD, a Assembleia da República retomou o trabalho parlamentar com a eleição

O social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, único candidato proposto, foi eleito à primeira volta com 202 votos entre os 230 possíveis (houve 25  brancos e 3 nulos). Esta foi a segunda maior votação para o cargo, apenas superada pelos 204 votos para Jaime Gama em 2009.

No seu primeiro discurso, o Presidente da Assembleia considerou que o Parlamento tem "pela frente uma das legislaturas mais exigentes da democracia nacional”. Porém, também sublinhou que “o consenso continua a ser possível” e que essa é uma exigência dos portugueses. Aguiar-Branco sublinhou que continuará a dar primazia à liberdade de expressão no hemiciclo. "Enquanto deputado faço o meu juízo, tenho a minha opinião. Enquanto presidente, tenho o dever de garantir que as intervenções são ouvidas, mesmo e especialmente quando não concordo".

Na sua intervenção, Aguiar-Branco lembrou que a XVII Legislatura se inicia, precisamente, um dia depois dos 50 anos da tomada de posse da Assembleia Constituinte. "Parece uma miragem distante que 250 deputados, de sete diferentes partidos, se tenham sentado nesta mesma sala e conseguido chegar a acordo sobre a forma como as nossas instituições iriam funcionar daí em diante".

Quanto aos vice-presidentes da Assembleia da República, Teresa Morais (PSD), Marcos Perestrello (PS) e Rodrigo Saraiva (IL) foram eleitos, enquanto Diogo Pacheco de Amorim (do Chega) falhou a eleição apenas por um voto.

Fonte: CAP