Os dois blocos económicos emitiram uma declaração conjunta sobre o Acordo de comércio estabelecido entre a União Europeia e os Estados Unidos que fixou em 15% as tarifas aduaneiras a aplicar à maioria das importações europeias à entrada nos Estados Unidos.

Após semanas de intensas negociações conduzidas pelo comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, com os seus homólogos dos Estados Unidos, Howard Lutnick (Secretário para o Comércio) e Jamieson Greer (Representante dos EUA para o Comércio),  o Acordo foi firmado na Escócia por Ursula von der Leyen e Donald Trump, representantes máximos dos executivos da União Europeia e os Estados Unidos da América a escassos dias de terminar o prazo imposto pelo presidente norte-americano para iniciar a “aplicação das tarifas recíprocas”, prometidas para 1 de agosto (posteriormente adiadas para o dia 7), as quais, no caso da UE poderiam atingir os 30%, caso não se tivesse obtido um consenso negocial.

Sobre o compromisso, foi tornada publica, a 21 de agosto, a primeira Declaração conjunta da UE e dos EUA onde se enunciam os termos do acordo político e comercial alcançado pela UE e os EUA “na construção de relações comerciais e investimentos transatlânticos justos equilibrados e mutuamente benéficos”.

Entre os dezanove pontos apresentados, destaca-se pela positiva a decisão de incluir a cortiça na lista dos produtos que beneficiam de isenção, ficando sujeita a taxas aduaneiras nulas, e pela negativa o afastamento do vinho e bebidas alcoólicas destas isenções.

“Tenho o prazer de anunciar que garantimos isenções significativas - tarifas a zero ou próximas de zero – em áreas importantes. Isto inclui recursos naturais indisponíveis, como cortiça, aviões e peças de aviões, medicamentos genéricos e os seus ingredientes e precursores [compostos] químicos”, informou o comissário europeu do Comércio e Segurança Económica na sequência da declaração conjunta UE-EUA. “Este acordo não é o fim, mas um ponto de partida para incluir mais setores de atividade económica ao longo do tempo”, reforçou Maroš Šefčovič.

PARA MAIS INFORMAÇÕES consultar a declaração conjunta

Fonte: Comissão Europeia