O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmou o agravamento da situação durante o mês de fevereiro, voltando a identificar 9% do território em seca extrema (em 31 de janeiro esta categoria tinha desaparecido), 77% em seca severa (56% no final de janeiro) e apenas 10% em seca moderada (contra os 40% de janeiro).

Quanto ao volume de água armazenada em barragens, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou que a situação piorou entre o fim de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro. 

Das 63 albufeiras monitorizadas pela APA, a 15 de fevereiro, todas se encontravam abaixo da média

Também as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), concluem que a área de cereais de outono/inverno regista, pelo quinto ano consecutivo, uma redução que atinge um mínimo histórico de 121 mil hectares, a menor área dos últimos cem anos.

“O país está a definhar completamente devido a uma situação gravíssima e extraordinária” afirma Eduardo Oliveira e Sousa defendendo que o Governo deve ajudar os agricultores com medidas objetivas de curto, médio e longo prazo. 

“As linhas de crédito não resolvem o problema pois são insuficientes e pouco adaptáveis a situações de emergência. 

Tem de haver outro tipo de medidas, como ajudas específicas, nomeadamente, à manutenção dos animais, facilitar a articulação das regras de administração da PAC e sensibilizar Bruxelas de modo a libertar verbas para ajudas extraordinárias” exige o líder da CAP.