Os incêndios que assolaram o centro e norte do país nas últimas semanas destruíram cerca de 10 mil colmeias, bem como toda a pastagem necessária para alimentar as abelhas que sobreviveram.
Com o objetivo de ajudar os apicultores a ultrapassar esta dificuldade, a Lusomorango entregou à Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) uma quantidade de alimentos capaz de suprir as necessidades de 4 500 colmeias.
“As abelhas são essenciais para que Portugal tenha os melhores pequenos frutos da Europa. Salvá-las é uma obrigação de todos”, afirma Joel Vasconcelos, CEO da Organização de Produtores. “Este donativo simboliza o compromisso da Lusomorango para com a agricultura nacional, e em especial com o setor apícola, que é um pilar basilar do ecossistema nacional”, acrescenta.
Manuel Gonçalves, presidente da Federação Nacional de Apicultores explicou que até à próxima Primavera as abelhas não terão flora disponível para se alimentarem, pelo que as colmeias têm de ser alimentadas. “Este apoio da Lusomorango é fundamental para isso, especialmente até começarem a ser distribuídos os apoios estatais”, alerta.
A iniciativa da Organização de Produtores de Pequenos Frutos, em resposta ao apelo da CAP, permite “alimentar colmeias desde Castelo Branco a Chaves, passando pela Lousã e Penedono, pois a FNAP fará chegar este alimento a todas as organizações com prejuízos em 2025”, sublinha Manuel Gonçalves.
O levantamento dos prejuízos feito pelas organizações de apicultores da área afetada revelou quebras muito elevadas: arderam 9 556 colmeias, tendo sobrevivido na área ardida 22 497, as quais necessitam de alimentação urgente. Estas colmeias representam 4,2 % do efetivo nacional (de 753.124 colmeias), mas têm um impacto muito maior nas Região Centro e Norte, podendo implicar uma perda de produção futura que pode atingir as 100 toneladas de mel.
Fonte: Comunicado da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal