A CAP acaba de solicitar ao ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, a extensão do prazo para a submissão do PU 2025, para que a informação possa ser submetida com a maior fiabilidade possível, tendo em conta que o ano de 2025 tem sido caracterizado por condições climatéricas bastante adversas para a preparação dos solos e para a instalação das culturas de primavera/verão, em particular no caso do tomate de indústria e do arroz, culturas com um peso económico importante no país.

Uma vez que as condições meteorológicas atuais não dão sinais de melhoria a curto prazo, muitos produtores ainda não efetuaram o seu Pedido Único 2025, pois a instalação da cultura, bem como a possível alteração para uma cultura alternativa, ainda são incertas.

A excessiva precipitação registada ao longo das últimas semanas tem impedido muitos agricultores de entrar nos campos para realizar as atividades essenciais ao cultivo e preparação do solo, o que compromete significativamente o normal desenvolvimento da campanha.

Neste momento, no que respeita à cultura do Tomate de Indústria, apenas 8% da plantação foi realizada, quando, de acordo com o calendário agrícola e as melhores práticas do setor, já deveria ter sido atingida uma taxa de plantação de aproximadamente 60%.

No caso da cultura do Arroz estamos com uma área de 95% por semear.

Este atraso coloca em risco a produção prevista para este ano, com consequências não só para os agricultores, mas também para toda a cadeia produtiva de tomate e arroz, acrescendo que a grande maioria dos produtores, pelo número elevado de áreas que cultiva, apostou fortemente na aquisição de maquinaria e no know-how destas culturas, não sendo fácil a conversão para outro tipo de áreas.

Neste enquadramento, a CAP aguarda da parte do Ministério da Agricultura o melhor acolhimento relativamente a esta solicitação.


Fonte: CAP