No evento, realizado numa das regiões do país onde a contratação de imigrantes necessidade de imigração é essencial para o desenvolvimento e continuidade das empresas agrícolas, o presidente da CAP teve oportunidade de confirmar que tanto a Confederação dos Agricultores como a Confederação da Construção e Imobiliário já submeteram alguns processos no âmbito da ‘via verde’ para imigração de trabalhadores oriundos de países terceiros, os quais obtiveram deferimento Direção-Geral dos Assuntos Consulares. “Estamos agora à espera dos respetivos agendamentos”.
O responsável acrescentou que a CAP tem “tido um papel ativo de intermediação entre as empresas do setor agrícola e florestal” com diversas entidades, como a Direção-Geral dos Assuntos Consulares, a AIMA, a Segurança Interna ou o Instituto do Emprego e da Formação Profissional. “Esta é a condição para termos uma imigração de que nós precisamos, mas controlada, que nós sabemos quem é, quem vem, quem é que vem, para o que é que vem e onde é que está. É isto a que se chama controle. E nós temos, depois, que dar a estes imigrantes a possibilidade de integração na nossa sociedade”, defendeu.
Contudo, Álvaro Mendonça e Moura destacou o papel do Estado no sucesso da ´via verde’ para a imigração. “Isto só funciona se as empresas puderem garantir o alojamento para os seus trabalhadores e, para tal, elas só podem dar essa garantia se tiverem o apoio dos municípios e do Estado Central”, argumentou o presidente da CAP.
Sobre o progresso da agricultura, o presidente da CAP afastou ilusões: “para crescermos, a mão-de-obra tem que ser estrangeira. Portanto, temos de interiorizar isto, porque não há mão-de-obra suficiente em Portugal”.
Mendonça e Moura sublinhou ainda o papel do país na criação de condições para acolher com dignidade. “A imigração de que nós precisamos não pode ser, como foi durante vários anos, uma imigração desregulada”, sublinhou.
Fonte: CAP, 03/06/2025