A CAP reuniu-se na tarde de ontem com o comissário Christophe Hansen para defender a manutenção das características únicas da Política Agrícola Comum no próximo Quadro Financeiro Plurianual (2028–2034).

Quando se começa a insinuar em Bruxelas a possibilidade de a verba para a PAC poder ser diluída noutros fundos europeus, nomeadamente no da coesão, a CAP apresenta-se em Bruxelas para uma intensa agenda de trabalho no sentido de reclamar um orçamento autónomo e robusto para a PAC.

No encontro com o comissário da Agricultura e Alimentação a CAP esteve acompanhada das Confederações de Espanha, Grécia, Itália, França e Croácia, que recusam, de forma unânime e em absoluto, a tentativa de diminuição da autonomia da PAC, reivindicando um orçamento mais robusto que garanta o aumento da soberania alimentar e da defesa da União Europeia, face à atual instabilidade internacional.

O encontro decorreu no mesmo dia em que a Comissão apresentou um pacote de simplificação burocrática da PAC, “que permitirá aos produtores poupar até 1,58 mil milhões de euros anuais e aos governos nacionais 210 milhões de euros por ano”.

A simplificação e a flexibilidade de gestão são anunciadas para pagamentos e para determinados requisitos e ferramentas de crise. A proposta considera, ainda, o aumento do limite do pagamento único anual aos pequenos agricultores, de 1.250 euros para 2.500 euros, sem qualquer condicionalidade ou burocracia.

No encontro com as Confederações, o comissário Hansen reafirmou o seu compromisso com os agricultores e destacou três prioridades: competitividade, resiliência e produtividade.

 

Fonte: CAP, 15/05/2025