Aprendi na matemática que só devemos dar importância ao resultado depois de sermos capazes de equacionar correctamente o problema – é a base do estudo e do trabalho dos estudantes – por isso a medida é tão absurda e a mensagem tão errada, porque nega a importância do conhecimento e aceita que o resultado pode ser obtido por um mero palpite. Uma espécie de jogo de sorte e azar. Se der certo… tanto melhor, se der errado… desculpem qualquer coisinha.

Recuso-me a aceitar este estado de negação da ciência. Não foi para isso que estudei, nem é para isso que me esforço continuamente na busca das melhores soluções, com sensatez, serenidade, mas principalmente, com conhecimento. E quando não sei, antes de decidir, pergunto!

Temos um novo parlamento e um novo governo. Com alguma surpresa recebemos a notícia da passagem do sector florestal para o ministério do Ambiente, assumindo este dois dos sectores mais importantes da agricultura, a floresta e a água. Do ministério da Agricultura, com uma equipa totalmente renovada, esperamos e desejamos um forte empenho numa nova dinâmica na abordagem e enquadramento dos muitos desafios que enfrentaremos no futuro próximo. Para além da água e da floresta, que atrás refiro, muitos são os temas que se revestem da maior pertinência, a começar pelas negociações da “nova” PAC. Investimento e pagamentos, fiscalidade, combate à desertificação e mitigação das Alterações Climáticas, defesa do mundo rural perante a escalada demagógica de mitos e comportamentos, são áreas de trabalho, muito trabalho, assim haja a devida consciencialização do verdadeiro lugar estratégico que a Agricultura e o Mundo Rural têm no País.

À nova ministra da Agricultura, Dra. Maria do Céu Albuquerque, manifestamos a nossa total disponibilidade e vontade para desde a primeira hora colaborarmos naquele desígnio, formulando-lhe votos do maior sucesso na árdua missão que abraça e no alcance dos resultados por todos desejados.

 Uma nota final de reconhecimento aos Drs. Luis Capoulas dos Santos e Luís Medeiros Vieira, pelos muitos anos que, de forma profissional, empenhada e conhecedora, se dedicaram à causa agrícola nacional. E também ao Eng. Miguel Freitas, que tinha as florestas a seu cargo. Nem sempre coincidentes nos ideais ou nos objectivos que defendemos, sempre foi possível, com sinceridade e franqueza, ultrapassar barreiras e conseguir resultados. Bem hajam.


EDUARDO OLIVEIRA E SOUSA

Presidente da CAP