Iniciámos os nossos protestos em Mirandela no dia 26 de janeiro «Contra a incompetência de quem nos governa». Mas, desde essa data até agora, a cada semana que passa, essa afirmação contém mais casos e mais exemplos, e em vez de ter perdido atualidade – que era o que nós desejávamos – a afirmação traduz, cada vez melhor, o que é o Ministério da Agricultura atualmente.


  • A não execução de 1300 milhões do PDR 2014-2022;
  • Um PEPAC com decisões nacionais que prejudicam a maioria dos agricultores;
  • Uma falta de apoio generalizada quando comparamos com os nossos
  • vizinhos espanhóis e com as medidas nacionais que o governo lhes proporciona;


O desmembrar do Ministério da Agricultura, aprofundando a dificuldade de agir e de executar uma Política Agrícola Comum cada vez mais exigente e complexa, com equipas desmotivadas e sem qualquer tipo de articulação. Estes factos deveriam ser suficientes para que quem nos governa tivesse vergonha e consciência do prejuízo que causa aos Agricultores e ao País. Nas próximas semanas continuaremos a manifestar-nos pela dignidade de ser Agricultor e pela exigência da competência e do rigor na gestão dos fundos comunitários.


Com a campanha anunciada para dia 1 de março e as primeiras portarias publicadas apenas dois dias antes, não posso deixar de me associar à revolta de quem tem de cumprir regras tão complicadas e realizar pedidos de apoio comunitário. Sem tempo para esclarecer dúvidas com o Ministério, nem para assimilar o novo conjunto de regras que têm de ser aplicadas à realidade da agricultura portuguesa e para as quais ainda não existem, por enquanto, respostas.


Ao fim destes anos, a ministra ainda não percebeu que o ano agrícola começa a 1 de outubro e não a 1 de março. Maldita incompetência!


LUÍS MIRA

Secretário-geral da CAP