De acordo com o estudo do INE, o VAB da agricultura cresceu 6,5% em 2017, refletindo o acréscimo na produção do ramo agrícola, em resultado do aumento de volume e da estabilização dos preços base, criando condições mais favoráveis ao produtor agrícola do que as observadas em 2016.

Produção Vegetal 

Registou um aumento em valor de 3,9%, resultante do acréscimo em volume (+6,6%) e da redução dos preços base (-2,5%).

A maior quebra registou-se nos cereais que, atingidos pela seca que caracterizou o ano agrícola 2016/2017, teve a menor superfície de sempre de cereais de outono /inverno (121,1 mil hectares), e um decréscimo generalizado da produção, que rondou as 193,6 mil toneladas, a terceira mais baixa de sempre.

Por outro lado, sectores como a fruticultura e o azeite obtiveram resultados muito favoráveis, com novos máximos de produção na maçã, cereja, kiwi, laranja e amêndoa. 

Quanto ao azeite, a produção ultrapassou 1,47 milhões de hectolitros, o que faz desta campanha a mais produtiva desde que há registos (1915).

Produção Animal 

O aumento face a 2016 (+4,9%) deveu-se fundamentalmente a um incremento dos preços base, uma vez que em volume se registou um ligeiro decréscimo.

A produção total de carne situou-se nas 889 mil toneladas, refletindo uma diminuição de 4,4% do total de carne de reses (apenas a carne de bovino registou um pequeno aumento) enquanto a carne de animais de capoeira aumentou 5,3%, com 389 mil toneladas produzidas.

A produção de ovos de galinha ascendeu a 141 mil toneladas, sendo que 118 mil toneladas corresponderam a ovos para consumo.

No que respeita à produção de leite assistiu-se a uma manutenção, em termos globais, com uma subida pouco expressiva (+0,1%) no leite de vaca face a 2016.

A edição de 2017 das «Estatísticas Agrícolas» é o mais abrangente e atual documento do Instituto Nacional de Estatística sobre a agricultura portuguesa, considerando as informações disponíveis.

Documento na íntegra em www.ine.pt