Para comemorar o seu 44º aniversário a CAP organizou o 8º Conselho de Presidentes que reuniu em Tomar mais de 300 dirigentes associativos e técnicos das Organizações filiadas na Confederação dos agricultores de Portugal.

Com início na tarde de 25 de Novembro, dia do aniversário da CAP, o Conselho de Presidentes percorreu um vasto programa, com destaque nessa tarde para a apresentação das actividades que a CAP abraçou na última década, ou seja, dar a conhecer com detalhe a vida da CAP nos últimos dez anos, numa apresentação que eu próprio conduzi.

Todos os presentes puderam assistir à descrição das múltiplas funções da CAP nos últimos dez anos, num vasto número de iniciativas e de representações institucionais em Portugal e na União Europeia, através de diversos meios e acções de comunicação e de informação, e da criação de diversos   serviços de apoio aos agricultores e às organizações filiadas, que vão desde a formação profissional, ao apoio nas candidaturas da PAC, para além de outras iniciativas de carácter social ou de contacto com estudantes desde o ensino básico ao universitário.

Ainda que correndo o risco de me enganar, acredito verdadeiramente que ninguém presente naquela sala tinha a noção exacta do tipo de trabalho que a CAP realiza, de toda a abrangência, diversidade e complexidade das suas intervenções, da qualidade técnica e política das suas posições, tanto a nível nacional como internacional.

Quando me refiro à Confederação, não estou a falar exclusivamente dos seus corpos sociais ou na sua estrutura técnica e administrativa, mas também das suas 250 associadas e nas centenas de dirigentes e técnicos que representam, colaboram e trabalham em nome da CAP junto dos agricultores portugueses desde o continente às ilhas.

A CAP é toda esta grande, profissional e dedicada estrutura.

Nestes 44 anos de vida, são já muitos aqueles que passaram pela CAP e dedicaram parte do seu tempo e muita da sua energia na defesa dos agricultores e da agricultura nacional.

Foi para dar a conhecer a importância da história da CAP

aos dirigentes presentes em Tomar que estão connosco há menos de 20 anos, que elaboramos um filme com o relato de alguns dos momentos mais emblemáticos da história da Confederação, desde o seu nascimento em 1975 até aos dias de hoje.

Neste singelo documentário exibido perante o Conselho de Presidentes ficou bem patente a importância dos agricultores e da CAP na definição do rumo de Portugal no período pós-revolucionário e nos acontecimentos mais decisivos que, em matéria de política agrícola e de apoio aos agricultores, decorreram desde essa data.

O nosso Conselho de Presidentes não podia ter terminado de melhor forma. Refiro-me à enorme surpresa para todos os que se encontravam em Tomar de ver atribuir à CAP, por Sua Excelência o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a condecoração honorária de Mérito Empresarial por todo o trabalho desenvolvido em prol do progresso do sector nestes 44 anos.

Foi com grande surpresa e alegria que a CAP recebeu tão elevado reconhecimento. Como referiu o Presidente da República “foi um percurso, que teve sempre o vento contra”, mas que nunca nos fez desistir.

Recebemos um legado de perseverança e de luta contra as adversidades que faz parte integrante do código genético da CAP.  Mas também soubemos ter a capacidade de evoluir e de nos adaptarmos às exigências crescentes de uma agricultura em profunda evolução, como tem sido a portuguesa no passado recente.  

E posso afirmar, sem qualquer dúvida, que a CAP está preparada para responder, com uma agricultura produtiva e sustentável, às exigências dos consumidores das novas gerações.

A condecoração entregue à CAP é, na verdade, destinada a todos os dirigentes da Confederação e das suas filiadas, assim como a todas as estruturas técnicas que as integram, por todo o apoio e dedicação que colocam no serviço aos agricultores e à agricultura portuguesa, sem os quais, seguramente, o sector agrícola nacional não seria aquilo que é hoje.

Espero que todos vós, dirigentes e técnicos, possam partilhar comigo o sentimento de orgulho que eu senti e sinto por ter participado em dois terços de vida da CAP e por ter a noção que tudo aquilo que fizemos foi relevante para o Portugal.

Viva a CAP!

Luís Mira

Secretário-geral da CAP