Foi uma grande comemoração a que se associou a ministra da Agricultura, que connosco soprou as velas de aniversário, e o Presidente da República que reviveu, através da história da CAP, momentos determinantes da sua própria vida, e que, no final, todos surpreendeu, com a condecoração da Confederação dos Agricultores de Portugal com a Ordem do Mérito Empresarial, pelo trabalho feito em prol da agricultura portuguesa nestas quatro décadas.

Durante os dois dias do Conselho sucederam-se intervenções que procuraram fazer o balanço da história da Confederação. Por um lado, recordando o papel fundamental que desempenhou na consolidação da democracia em Portugal e, por outro, como soube evoluir de um movimento de luta e resistência para uma organização estruturada, consolidada e com a mais alta representatividade no sector.

Como muitos recordaram e outros tomaram conhecimento, o caminho percorrido pela CAP nestes 44 anos foi sempre marcado por obstáculos, mas igualmente norteado pela união das organizações e pela coragem de homens que tiveram de tomar decisões difíceis, com determinação.

Hoje somos uma organização respeitada ao mais alto nível nacional e internacional, capaz de evoluir e de responder aos desafios dos novos tempos e dos novos temas, continuando a apoiar os agricultores para que disponha das melhores respostas e soluções. É certo que somos menos, mas não somos menos importantes.

Com o Ano que agora começa não quero deixar de partilhar convosco os meus votos para 2020:

1.Desejo que os agricultores e as suas organizações respondam com a união e a coragem de sempre às exigências que esta “era do ativismo” vai querer impor-nos, a pretexto das alterações climáticas, da preservação do planeta, da manutenção da biodiversidade, esquecendo que aquilo que para eles são ‘ações’, para nós representam a vida e o futuro: porque quem lida, diariamente, com o solo, a água, o ar e os animais são os agricultores.

2.Desejo também que a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, continue a demonstrar a capacidade politica e a consideração pelos argumentos dos Agricultores de que deu prova, recentemente, ao encontrar uma solução feliz para a incompreensível ameaça sobre as medidas Agroambientais. 

3.Desejo também que o Orçamento da União Europeia se defina e permita avançar com a PAC, corrigindo o corte injusto e desproporcionado do 2º Pilar que tanto afeta Portugal.